quarta-feira, 5 de outubro de 2016

A ÁREA DOS OLHOS - OS MELHORES ATIVOS PARA OLHEIRAS




A ÁREA DOS OLHOS - OS MELHORES ATIVOS PARA OLHEIRAS


A camada epidérmica da região dos olhos é bastante sensível e, devido a isto, apresenta grande tendência a desenvolver hiperpigmentação – conhecida popularmente por “olheira”. 


Os problemas e o estresse do dia-a-dia (sol, álcool e noites mal dormidas) refletem no rosto a agitação a que todos estão sujeitos hoje, sendo causas determinantes para o aparecimento de alguns sinais na pele, em especial ao redor dos olhos, entre eles as olheiras e “bolsas”, os grandes vilões da aparência envelhecida e nada saudável. 


Há poucas informações sobre este desvio estético, até mesmo nos livros de medicina. A cura definitiva é praticamente impossível, porém há muitas formas de amenizar seus efeitos, reduzindo o aspecto desagradável relatado por muitos pacientes. As principais queixas dos portadores deste mal são o aspecto de cansaço, a aparência mais idosa e, em casos extremos, a impressão de se estar drogado ou alcoolizado. 


A VASCULARIZAÇÃO PERIORBITAL 


O principal fator relacionado ao surgimento de olheiras está relacionado com a microcirculação sangüínea, em especial nos casos em que há fragilização da rede capilar, ocorrendo a lise destes pequenos vasos e ocasionando quebra das células sangüíneas. 


Os eritrócitos, células sangüíneas que contêm grande quantidade de hemoglobina e ferro, ao serem lisados, liberam estas substâncias que, se não forem totalmente removidas, resultarão nas temíveis olheiras. 


A coloração das olheiras pode variar de acordo com o tipo de substância depositada na epiderme. Assim, observa-se uma coloração violeta-esverdeada, quando há excesso de biliverdina; marrom-alaranjada se resultante da deposição de ferro e bilirrubina; e ainda de tonalidade violeta, quando houver muita hemossiderina. 


TENDÊNCIA ÀS OLHEIRAS 


Pode-se dizer que existem grupos étnicos mais susceptíveis a esta intensa vascularização. Ela ocorre principalmente em descendentes de árabes, turcos, hindus e ibéricos. Aqui, a pele não tem mudança de cor, mas a pálpebra é mais escura devido à transparência dos vasos dilatados; pode ocorrer agravamento do problema quando os vasos sofrem pequenos sangramentos. Fora das veias, o sangue fica retido na região periocular, e a hemossiderina, principal pigmento do sangue, torna a pálpebra mais escura. E, já que existe excesso de vascularização na região, os pequenos derrames neste caso não são raros.Basicamente, são dois os motivos que definem a tendência às olheiras: o excesso de vasos sangüíneos ou o excesso de pigmentação (melanina) sob a pálpebra inferior. Este último, geralmente, é conseqüência da idade. Peles mais escuras geralmente têm olheiras mais visíveis; entre os jovens, a hereditariedade é causa número um, e é considerada a forma mais difícil de sertratada. O estresse também tem sua influência: acentua a vasodilatação e a produção de melanina, acentuando as olheiras. 


ATIVOS DISPONÍVEIS 

Hemaline Somma® 

É um complexo de ativos específicos para o tratamento de olheiras, que age rapidamente, diminuindo a pigmentação local e aumentando a sustentação da pele, para que haja uma microcirculação efetiva.

Composto por Fucoidan, escina, lecitina de soja e cafeína, promove rápida redução da hipercromia periocular. Extraído de algas marrons, o Fucoidan é um polissacarídeo que inibe a formação de coágulos, melhorando a circulação sangüínea. A escina aumenta a resistência capilar, exercendo efeito vasoprotetor e inibindo as enzimas elastase e colagenase. Já a lecitina de soja é rica em fosfatidilcolina, que auxilia na manutenção da integridade das estruturas da pele, reduzindo o xantelasma (depósito de gordura que surge principalmente na região dos olhos). A cafeína é responsável pela melhora da circulação sangüínea local, aumentando a nutrição celular. O resultado é o aumento da sustentação e tônus da pele, tornando mais saudável a pele da área dos olhos. 

A recomendação de uso é em concentrações em torno de 5% em emulsões e géis para região periocular. 



Regu-Age® 

É um complexo ativo constituído por peptídeos de soja e arroz purificados e proteína derivada de leveduras produzidas por biotecnologia. Melhora a hemodinâmica sangüínea e a microcirculação. 

Reduz a quebra proteolítica do colágeno e matriz da elastina. Fortalece o tecido conectivo, reduz a presença de radicais livres e inflamação e previne danos UV. É utilizado em concentrações que variam de 2 a 5% em produtos para a área dos olhos. 


Nodema® 

Trata-se de um tetrapeptídeo indicado para a redução de “bolsas” decorrentes do acúmulo de líquidos, pois possui efeito drenante, através da glicação e/ou inibição do aumento da pressão arterial local, além de apresentar propriedades antiedematosa e descongestionante. Também promove um aumento da elasticidade e suavidade cutâneas e rápida ação antibolsas. 

Promete resultados já na segunda quinzena de tratamento, quando são observados seus efeitos drenantes. Em sessenta dias, as bolsas são quase totalmente eliminadas, segundo o fabricante. 

É recomendado em doses entre 1 e 10%, e pode ser utilizado em séruns, fluidos ou emulsões para área dos olhos. 


Polispheres de Vitamina K® 

A fitomenadiona, ou Vitamina K, é essencial na síntese de pelo menos seis das treze proteínas necessárias para a coagulação. Por isso, a Vitamina K é conhecida como a vitamina da coagulação sangüínea, agindo no clareamento e evitando a dilatação dos vasos sangüíneos na região próxima aos olhos. 

Sob a forma de nanosferas, e associada a outros fitoterápicos como Calendula officinalis, Urtica dioica, Aesculus hippocastanum e Algae water, tem efeito protetor para a delicada área dos olhos, apresentando propriedades anticoagulantes úteis no tratamento de olheiras e hematomas. Utilizada em dosagens entre 10 e 20% em cremes ou géis para área dos olhos. 



O processo de envelhecimento na região ao redor dos olhos implica a perda de volume e alterações cutâneas, resultando em problemas estéticos. A literatura especializada propõe a seguinte classificação etiopatogênica das olheiras infraorbitais:

1. Hiperpigmentação das pálpebras, com a seguinte sub-classificação:
a) Hipercromia idiopática cutânea primária: desordem idiopática congênita que resulta da deposição de melanina na derme e na epiderme, predominante em mulheres adultas de cabelos escuros1 que apresentam herança genética autossômica e penetrância variável.2
b) Hipercromia secundária a hiperpigmantação pós-inflamatória: causada por dermatite atópica,3 dermatite alérgica de contato4 ou fricção excessiva.5
c) Hipercromia secundária a desordens fisiológicas e patológicas que estimulam a deposição de melanina na pele: estrógeno e progesterona exógenos 6 ou endógenos, gravidez, amamentação, 3 doenças sistêmicas tais como Doença de Addison, tumores pituitários, desordens da tireoide, Síndrome de Cushing, hemocromatose (devida a aumento de melanina na camada basal) e outras.
d) Fotosensibilidade causada por medicamentos tais como arsênico, fenotiazinas, fenitoína, antimaláricos e hidrocarbonetos aromáticos.
e) Aumento de 250 vezes na deposição de grânulos de melanina nos melanócitos epidérmicos e aumento de 6 vezes na quantidade de melanócitos dérmicos, causados pelo uso tópico de análogos da prostaglandina (bimatoprost, lanatoprost) em solução a 0.03%. 7 Cita-se também o uso de Kohl, um pigmento negro que contem chumbo, usado ao redor dos olhos, especialmente em mulheres indianas, que se deposita na derme e estimula a deposição de melanina na epiderme.8
f) Radiação ultravioleta (UV) que causa atrofia cutânea, estimula os vasos sanguíneos e escurece a pele, devido à presença de efélides e melanoses.
Os principais diagnósticos diferenciais das olheiras infraorbitais são: acantose nigricante,9 amiloidose periorbital,10 equimose, melasma, melanose de Riehl, lentiginose, e nevo de Ota. Há completa ausência de hemossiderina na patogênese das olheiras.11

2. Musculatura visível e vasos sanguíneos superficiais na pálpebra inferior: a aparência hipervascular se deve à vascularização subcutânea excessiva e à hipertransparência da pele, com pouco tecido subcutâneo,4 o que permite maior visibilidade dos vasos subjacentes e do músculo orbicular.12
O fator vascular aparentemente está relacionado com a piora das olheiras em casos de desidratação, doenças agudas, falta de sono, doenças sistêmicas e stress. Devido à desidratação, o efeito da luz sobre uma área com pouco tecido subcutâneo produz tonalidade azul-sombreada.5
Na atopia, a rinite alérgica provoca estase venosa da pálpebra devido ao edema prolongado da mucosa nasal e paranasal, que é agravada pelo espasmo alérgico do músculo de Muller (músculo superior palpebral), afetando a drenagem venosa das pálpebras.13

3. Alterações no contorno das pálpebras inferiores:
a) Flacidez da pálpebra por fotoenvelhecimento, com atrofia da pele devida à perda de colágeno e gordura. 4,14
b) Configuração do osso da órbita com a formação de sulcos palpebromalares e nasojugais profundos, que fazem sombra na pálpebra inferior.
c) Bolsas palpebrais inferiores, causadas pela flacidez do septo orbital e pela protuberância da gordura retro-septal, resultando na formação de sulcos abaixo das bolsas.3 Esse é o fator causal mais comum das olheiras devido ao envelhecimento natural da região periorbital.

Referências: 

1. Literaturas dos fabricantes, disponibilizadas pelos fornecedores nacionais. 

2. SAMPAIO, S. A. P.; RIVITTI, A. Dermatologia, 2ª edição. p 277. São Paulo: Artes Médicas, 2000. 

Boletim Cosmecêutico é parte integrante do SAP®, produto exclusivo da Racine Consultores Ltda.

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